Segundo estudo inédito baseado no Índice de Progresso Social (IPS), metodologia internacional que avalia o bem-estar da população através de dados oficiais em todas as cidades do Brasil, Belém, capital do Pará, ocupa a quarta posição como a pior qualidade de vida entre as capitais da federação, com uma pontuação de 62,51% na média geral.
As capitais foram avaliadas com base em 52 indicadores secundários de fontes públicas, como o CadÚnico, DataSUS, Conselho Nacional de Justiça, Mapbiomas e a Anatel, com dados sociais e ambientais, para chegar ao índice geral do país, com nota de 0 a 100, além de três índices para medir necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades. Confira o ranking das 5 capitais com a pior qualidade de vida.
- Porto Velho, Rondônia (57,10%)
- Macapá, Amapá (58,3%)
- Maceió, Alagoas (62,37%)
- Belém, Pará (62,51%)
- Rio Branco, Acre (62,68%)
Fatores para baixo IPS em Belém
Especialistas apontam que, apesar do crescimento econômico impulsionado pela COP 30 e da riqueza cultural da cidade, a infraestrutura e a gestão urbana ainda precisam de mais avanços significativos, especialmente nas áreas periféricas. Entre os fatores que contribuíram para a baixa colocação da cidade, colocando-a na quarta posição entre as piores em qualidade de vida estão:
- A precariedade do saneamento básico,
- Os altos índices de violência e
- O déficit na oferta de serviços públicos essenciais.
Apesar do baixo IPS se comparada com outras capitais, Belém é a melhor para se viver no estado do Pará, seguida de Marabá (60,63%) e Castanhal (56,39%). A cidade se beneficia de uma maior concentração de instituições de ensino, unidades de saúde e meios de comunicação, proporcionando uma base mais sólida para o bem-estar dos seus habitantes.
Em contrapartida, Altamira foi avaliada com 54,64%. Esta é uma região com menor densidade populacional e enfrenta desafios maiores em termos de infraestrutura básica, o que se reflete em um índice mais baixo.
Sobre o IPS
O IPS é composto por três dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos para o Bem-estar e Oportunidades, cada uma com quatro componentes, que incluem vários indicadores com diferentes pesos. Por exemplo, a taxa de homicídios tem um peso maior no componente de segurança do que a taxa de mortes de jovens. Os indicadores foram escolhidos pela qualidade, frequência e atualização anual, excluindo dados do Censo e aqueles com alta subnotificação ou padronizações inconsistentes.
Belém ocupa a 24ª (62,51) posição da lista. Nas três dimensões principais, a cidade recebeu as seguintes médias:
- Necessidades Humanas Básicas (71,93)
- Fundamentos do Bem-estar (66,24)
- Oportunidades (49,37)
Belém Negócios
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