Uma paraense de 39 anos que trabalhava como defensora pública em Roraima morreu após passar por um procedimento na tentativa de inserir um DIU (Dispositivo Intrauterino). Geana Aline de Souza tinha 39 anos e nasceu em Belém (Pará), mas se formou em direito pela Universidade Federal de Roraima (UFRR) e atuava como titular da vara de execução penal da Defensoria Pública daquele estado. A família registrou um boletim de ocorrência e o caso é apurado pela Polícia Civil.
De acordo com o portal G1 Roraima, no dia 18 de março, Geana se submeteu ao procedimento de inserção do DIU, realizado pela médica Mayra Suzanne Garcia Valladão. Embora o dispositivo não tenha sido inserido, não foi esclarecido o motivo. Após deixar o consultório, a paciente começou a sentir febre e fortes dores. No dia 25 de março, ela deu entrada no hospital privado Ville Roy, mas seu estado de saúde se deteriorou e, infelizmente, Geana não sobreviveu.
A família informou que Geana desenvolveu uma infecção grave no colo do útero, que se espalhou pelo corpo, resultando em uma infecção generalizada e falência de órgãos, incluindo os rins e fígado.
O hospital Ville Roy emitiu uma nota, explicando que Geana chegou ao pronto-socorro às 15h25 em estado crítico, com “choque séptico, em gravíssimo estado de saúde, secundário a abdômen agudo perfurativo de foco ginecológico”. Ela faleceu às 22h50. De acordo com o hospital, Geana apresentava insuficiência renal, hepática, circulatória e dores abdominais intensas. A paciente passou por uma cirurgia de emergência e foi internada na Unidade de Terapia Intensiva, mas infelizmente seu quadro evoluiu para uma rápida deterioração clínica, levando ao óbito.
A médica Mayra Valladão classificou o incidente como uma “fatalidade” e defendeu que a morte não teve relação com os cuidados prestados por ela, afirmando que forneceu toda a assistência necessária, como será comprovado no momento oportuno.
A Defensoria Pública e a Associação dos Defensores Públicos de Roraima manifestaram pesar pela perda de Geana. Em uma nota, destacaram seu compromisso com a justiça e a defesa dos direitos dos mais vulneráveis. Desde 2017, quando ingressou na Defensoria Pública, ela atuou com dedicação e empatia, deixando uma marca significativa na instituição. Geana também presidia a Associação das Defensoras e Defensores Públicos de Roraima (Adper), sempre lutando pelo fortalecimento da instituição e pela valorização da categoria.
A Defensoria Pública do Pará também emitiu uma nota lamentando sua morte, destacando que, além de ser uma profissional excepcional, Geana era uma pessoa generosa, companheira e comprometida, e sua partida deixa uma saudade imensa em todos que a conheceram. Nesse momento de dor, membros e servidores da Defensoria Pública do Pará se solidarizam com a família e amigos enlutados.
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