Ex-mulher do autor das explosões deu a declaração para agentes de Santa Catarina. Ela e outros familiares de Francisco Wanderley Luiz foram localizados por agentes da PF. Ela disse que o principal alvo era o ministro Alexandre de Moraes e “quem mais estivesse junto”.
Ela afirma que o ex-marido só morreu porque foi descoberto. Nas imagens do circuito de câmeras da praça dos Três Poderes, é possível ver que Luiz recua depois de ser abordado por um segurança. Ele joga alguns explosivos contra a sede do STF, depois se deita no chão com um explosivo perto da cabeça e morre após a detonação.
Quarto de casa onde Luiz estava hospedado tinha referências ao ataque de 8 de Janeiro. No espelho, ele manifestou o plano de explodir a estátua da Justiça. Na residência localizada em Ceilândia, havia a inscrição “em estátua de merda, se usa TNT”.
PF investiga caso como ato terrorista
Inquérito foi aberto ainda na noite de ontem. Hoje de manhã, fontes da Polícia Federal informaram ao UOL que o caso será tratado como ato terrorista.
PF divulgou nota ontem, cerca de duas horas após as explosões, informando que um inquérito policial seria instaurado para apurar os ataques. Há uma coletiva marcada para as 11h desta quinta-feira (12) na qual a corporação deve dar mais detalhes sobre as investigações.
PM diz que achou mais bombas em casa de autor
A polícia diz que o local onde autor de explosões se abrigava era “ambiente confinado”. Segundo o major Raphael Broocke, da PM do DF, policiais entraram no local e fazem uma varredura mais cuidadosa do que os trabalhos na praça dos Três Poderes. “Ali o cuidado é muito maior porque envolve outras residências. É um ambiente confinado. Então os policiais estão tendo um cuidado redobrado, muito maior do que o cuidado que se teve aqui”, afirmou Broocke.
Casa onde foi realizada busca faz parte de conjunto de quatro quitinetes. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o imóvel era alugado pelo homem que detonou as bombas e essas buscas na residência foram feitas por volta das 22h desta quarta-feira (13) pela polícia. Os relatos de policiais dão conta de que o local tinha muita bagunça e vários objetos espalhados.
Cinto com explosivos no autor foi identificado por robô e removido por policial com traje antibomba. O major Broocke disse que as bombas não foram retiradas pelo robô em razão de uma “limitação operacional” do equipamento da PM. Por isso, um policial precisou se aproximar para fazer o corte dos fios que conectavam o cinto aos explosivos. “Foi uma operação muito delicada justamente para evitar que ocorressem novas explosões”, afirmou o porta-voz da PM.
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