Às vésperas das eleições, a Polícia Federal está realizando uma série de operações para combater crimes eleitorais. Já foram cerca de 50. Só nesta sexta (4) e quinta-feira (3) foram pelo menos 20 ações. Elas são principalmente por difusão de fake news, violência política e compra de votos. Em um dos casos, tinha até realização de exames médicos em troca de votos.
Foram alvos também membros de quadrilha violenta que estariam influenciando no processo eleitoral de cidades do Ceará. Os valores movimentados pelos investigados da PF ultrapassam R$ 15 milhões. São mais de 2.200 inquéritos em andamento.
Em 24 horas, foram pelo menos 60 pessoas conduzidas às delegacias da PF e 22 mandados de busca e apreensão, cumpridos em estados como Bahia, Ceará, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Sergipe, Rondônia, Rio de Janeiro, Maranhão e Amazonas.
Em uma das ações do Rio de Janeiro, a PF apreendeu quase R$ 2 milhões em espécie. No Maranhão uma pessoa foi flagrada com malote de R$ 787 mil. Em Goiás, recursos públicos estariam sendo usados para dar combustíveis aos eleitores em troca de favores. Já em Belo Horizonte, ação foi deflagrada para combater crime de omissão de informação ou inserção de falsa informação em documento público ou particular para fins eleitorais e o crime de inscrever fraudulentamente eleitor. Em Parintins, no Amazonas, a PF apura atuação de uma facção crimonosa em apoio a um candidato.
Segundo a Polícia Federal, as maiores preocupações em relação às eleições de 2024 incluem o aumento da difusão de fake news e desinformação sobre o processo eleitoral, o uso indevido de inteligência artificial e deepfakes em propagandas, a violência política, especialmente a violência de gênero, e a participação do crime organizado no apoio a candidatos.
Nas eleições deste ano, 77 mil denúncias já foram feitas pelo aplicativo Pardal, do TSE. Só em relação à campanha no estado de São Paulo, foram mais de 14 mil denúncias de irregularidades. As candidaturas a vereador são as que lideram acusações de crimes eleitorais. Os maiores problemas, ranqueados pelo TSE, são em relação a propagandas em banners e faixas, abusivas na internet e uso indevido de bem público.
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