Adrielle Thais Sacramento Gomes ocupa, atualmente, um cargo comissionado no gabinete do Senador petista. Com o título de auxiliar parlamentar intermediário, Adrielle recebe um salário de R$ 7 mil reais, podendo chegar a R$ 10 mil mensais com benefícios.
Adrielle também é sócia em uma empresa de Belém, com o capital social declarado de meio milhão de reais, na qual o marido, o dep. Olival Marques, figura como um dos sócios. Segundo informações, antes de assumir o cargo no Senado, Adrielle já havia trabalhado no gabinete do deputado estadual Josué Paiva (Republicanos), o que levantou suspeitas sobre a prática conhecida como nepotismo cruzado.
Entramos em contato com o chefe de gabinete do senador Beto Faro, que não soube explicar os critérios técnicos para a contratação de Adrielle, afirmando que foram “inteiramente políticos” entre o deputado e o senador. Também não foram esclarecidas as funções desempenhadas por Adrielle no cargo, sendo descritas apenas como uma “atuação política”.
A função de auxiliar parlamentar é um cargo comissionado, ou seja, não requer concurso público e é de livre nomeação do parlamentar. Para ser nomeado, não há exigência formal de qualificações específicas, o que torna o cargo suscetível a indicações políticas e familiares. Essas funções incluem desde a organização de atividades de gabinete até o apoio em eventos e agendas do parlamentar.
A ausência de critérios técnicos claros para esses cargos abre espaço para controvérsias, principalmente quando são ocupados por pessoas que têm relações próximas com políticos, como é o caso de Adrielle, que tem fortes ligações políticas através do marido e já trabalhou em outros gabinetes.
Entenda o caso da ”Rachadinha Cultural” envolvendo Olival Marques:
Esta semana, um áudio que tem repercutido em um aplicativo de mensagens, revela uma suposta prática corrupta entre o deputado federal Olival Marques e o prefeito de Cametá, Victor Cassiano, ambos do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
No áudio, o homem, que foi identificado como sendo o prefeito, diz que ‘se vendeu’ para o deputado. Na mensagem, ele afirma que, por meio da Fundação Cultural do Pará, a prefeitura teria acesso às emendas parlamentares repassadas por Olival.
O homem na gravação insinua que o deputado estaria se beneficiando diretamente do esquema: ”Te acalma que tem o troco do deputado”. Ele também menciona que já havia ligado e tem preferência em trabalhar com o produtor Antônio Filho, além de outro nome relevante no mercado de eventos, o produtor Giovane Maiorana. ”Tá filé a jogada”, diz o prefeito supostamente no áudio.
Emendas são propostas feitas por deputados federais e senadores ao Orçamento da União; esses parlamentares têm a possibilidade de indicar individualmente como uma parte do orçamento deve ser aplicada em cidades e estados. No suposto esquema, o deputado Olival Marques destinaria mais de R$ 1 milhão à prefeitura de Cametá, mas parte dessa verba seria desviada.
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