Na última Audiência Pública para debater a Lei Orçamentária Anual (LOA) no plenário da Câmara de Vereadores de Belém, o atual candidato a vereador pelo Psol, Cláudio Puty, à época representante da prefeitura e secretário de planejamento, em um dos trechos da sessão, em que discursava sobre formas de governo, afirmou que não se pode ‘criminalizar a política’ e menosprezou a operação Lava Jato.
“Pelo amor de Deus, não vamos criminalizar a política. Fizemos isso e deu em Lava Jato, deu nessas coisas todas, tá?”, declarou.
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A fala não caiu bem nos bastidores e tem repercutido em um aplicativo de mensagens. A operação Lava Jato foi a maior investigação sobre corrupção realizada no Brasil. A força-tarefa cumpriu mais de mil mandados de busca e apreensão, prisão temporária, prisão preventiva e condução coercitiva, e descobriu um megaesquema de corrupção na Petrobras envolvendo políticos de diferentes partidos e outras empresas públicas e privadas.
O nome Lava Jato foi escolhido porque um dos locais que movimentava dinheiro de origem ilegal era um posto de combustíveis e lava a jato de veículos em Brasília. O atual Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou inicialmente da operação em 2015 como informante, mas se tornou alvo das investigações e foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá e de um sítio em Atibaia, ambos em São Paulo.
O petista ficou preso de abril de 2018 a novembro de 2019, tendo sido impedido de disputar a eleição presidencial de 2018. Mas, em 2021, mesmo ano em que a Lava Jato teve seu fim anunciado, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações contra Lula por entender que ele não teve seus direitos respeitados. Dessa forma, o petista ficou apto para concorrer à presidência e assumir o cargo que agora ocupa.
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