Neste domingo (30), uma confusão generalizada aconteceu entre bolsonaristas do ‘alto escalão’ em Belém. É que o deputado estadual Coronel Neil (PL) foi impedido de entrar em um restaurante de Icoaraci, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro almoçava para participar do encontro com a cúpula do PL-PA.
A situação constrangedora revelou as rachaduras internas que o partido vem sofrendo entre os nomes mais conhecidos do PL. Assista:
“Traíra”
A relação conturbada entre Coronel Neil e a cúpula do PL-PA não é de hoje. Alguns meses atrás, Rogério Barra, que é filho do deputado federal Delegado Éder Mauro, nome que vem encabeçando as intenções de voto nestas eleições municipais para prefeitura, bateu boca com Neil durante sessão na Alepa, quando Rogério insinuou que Neil seria “traíra” e estaria de ‘mãos dadas’ com o governador do estado, Helder Barbalho, apoiador ferrenho de Lula durante as eleições presidenciais de 2022.
O embate ocorreu durante a votação sobre vetos do Governo do Pará e o pedido de empréstimo de R$5,3 bilhões, o qual Neil foi favorável, para obras e investimentos em infraestrutura, mobilidade, segurança pública, saúde, ciência e tecnologia.
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“Melancia”
Em setembro do ano passado, Rogério Barra e outro deputado bolsonarista, Aveilton Souza, discutiram no plenário, após a negativa do título de cidadã paraense para a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
“Você é verde por fora e vermelho por dentro. Se não fosse Jair Messias Bolsonaro te dar um cargo no sul do Pará, você nem estaria aqui”, provocou Rogério Barra.
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Enfraquecimento
Diante de um cenário conflituoso como esse, é de se esperar que a tensão se estenderia aos eleitores bolsonaristas no Pará. Prova disso são os inúmeros comentários de seguidores divididos nas redes sociais. Enquanto uma parte deles tem como líder e referência Éder Mauro, que tem recebido a pecha de ‘cacique’ do partido no Pará, a outra parte se mostra incomodada com a suposta intolerância do deputado em unir as lideranças e fortalecer a direita na região.
Diversos são os comentários que ilustram o drama do reino dividido que o PL tem sofrido. Nas redes sociais, ao passo que os vídeos da confusão iam viralizando e sendo compartilhados, eleitores se mostravam preocupados com as consequências políticas que a situação pode causar, as mais perigosas delas: a vulnerabilidade da direita e o fortalecimento da oposição; afinal, como dizem as escrituras, as quais os bolsonaristas tanto prezam: “um reino dividido não se sustenta de pé”.
Reações:
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Do outro lado da margem, a ala mais conservadora e “raiz” do Bolsonarismo no estado acredita que Éder Mauro seria o representante direto de Bolsonaro, uma espécie de protetor que tutela e resguarda os princípios do Bolsonarismo no Pará.
“Apoio ao cacique”
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Até o fechamento dessa matéria nenhum comunicado sobre o ocorrido foi publicado pelos envolvidos.
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