Professores e técnicos administrativos de universidades e colégios federais estão em greve devido à recusa do governo Lula em atender às suas reivindicações salariais. De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a proposta oferecida pelo governo não é suficiente para compensar as perdas salariais dos últimos anos.
A proposta previa diferentes níveis de reajuste salarial para a categoria. No entanto, os professores ficaram insatisfeitos com a ausência de aumento em 2024.
Segundo o Secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Lopez Feijóo, levando em consideração o reajuste de 2023, de 9%, concedido a todos os servidores federais no ano passado, o percentual de aumento seria entre 23% e 43%.
Técnico administrativos em greve
Os técnicos administrativos também estão em greve e reivindicam um reajuste de 37% ao longo de três anos. Já os professores pedem um aumento de 22%, ambos com aumentos já em 2024. A proposta do governo, que foi apresentada no dia 19 de abril, foi negada por ambas as categorias.
Segundo reportagem do O Globo, o Ministério da Educação afirmou que está trabalhando na construção de uma nova proposta para valorizar os servidores da Educação e avançar na negociação. A reestruturação das carreiras na área de Educação é uma prioridade do governo, segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
A greve dos professores e técnicos administrativos afeta mais de 50 universidades e colégios federais em todo o país. Os sindicatos responsáveis pela paralisação estão em diálogo com o governo na tentativa de chegar a um acordo que atenda às demandas salariais das categorias.
Adesão dos professores
Os professores aderem ao movimento iniciado por servidores técnico-administrativos em educação no dia 11 de março, com participação de trabalhadores de 50 universidades e de quatro institutos. A categoria pede a reestruturação do plano de carreira dos cargos técnico-administrativos em educação, incluindo a recomposição salarial.
A Andifes, que representa dirigentes de 69 universidades e os dois centros de educação tecnológica, afirma que a “greve é um direito constitucional garantido aos trabalhadores e as seções sindicais e os servidores têm autonomia para deliberar quanto à participação no movimento“.
Informações de O Antagonista
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