O Brasil recebeu seu primeiro lote contendo aproximadamente 750 mil doses da vacina contra a dengue, denominada Qdenga. A distribuição ocorrerá gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela empresa farmacêutica japonesa Takeda, sem custos para o Ministério da Saúde.
A vacinação inicial será direcionada a áreas prioritárias com elevada transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou superior a 100 mil habitantes. O público-alvo em 2024 compreende crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo mais suscetível a hospitalizações por dengue, excluindo pessoas idosas para as quais a vacina não foi aprovada pela Anvisa.
A vacina, baseada em vírus atenuado, demonstra eficácia de 80,2% contra a dengue, com uma proteção de 12 meses após a administração das doses. Podem recebê-la tanto aqueles que já tiveram dengue quanto os nunca infectados, exceto gestantes, lactantes, indivíduos com imunodeficiência ou em tratamento imunossupressor.
Uma segunda remessa de 570 mil doses está prevista para fevereiro, e o Ministério da Saúde adquiriu o total de 5,2 milhões de doses disponíveis para 2024. Devido à capacidade limitada de produção, aproximadamente 3,2 milhões de pessoas serão vacinadas neste ano, seguindo um esquema de duas doses com intervalo de três meses.
Para quem não deseja aguardar ou está fora da faixa etária elegível para a vacinação pelo SUS, clínicas privadas em Belém oferecem a vacina para pessoas entre 4 e 60 anos, sem agendamento prévio, com custo médio entre R$ 510 e R$ 560 por dose. A diminuição de casos de dengue no Pará em 2023, segundo a Secretaria Estadual de Saúde Pública, reflete uma queda de 9% em relação ao ano anterior, com redução de 65% nos casos de zika e ausência de febre amarela.
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