Em seu primeiro discurso na abertura da conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “o planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos, de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas, do auxílio financeiro aos países pobres que não chegam, de discursos eloquentes e vazios”.
Diante de uma plateia de 160 líderes mundiais, Lula afirmou que “2023 já é o ano mais quente dos últimos 125 mil anos” e que “a humanidade sofre com secas, enchentes e ondas de calor cada vez mais extremas e frequentes”. Ele lembrou as secas na Amazônia e as tempestades e ciclones que “deixam um rastro inédito de destruição e morte”.
“A Amazônia amarga uma das mais trágicas secas de sua história. No Sul, tempestades e ciclones deixam um rastro inédito de destruição e morte”, destacou. “A ciência e a realidade nos mostram que desta vez a conta chegou antes”.
Segundo o presidente, a conta das mudanças climáticas não é a mesma para todos e chegou primeiro para as populações mais pobres. Ele lembrou que o 1% mais rico do planeta emite o mesmo volume de carbono que 66% de toda a população mundial. “O mundo naturalizou disparidades inaceitáveis de renda, gênero e raça.”
“Trabalhadores do campo, que têm suas lavouras de subsistência devastadas pela seca, e já não podem alimentar suas famílias. Moradores das periferias das grandes cidades, que perdem o pouco que têm quando a enchente arrasta tudo: casas, móveis, animais de estimação e seus próprios filhos. A injustiça que penaliza as gerações mais jovens é apenas uma das faces das desigualdades que nos afligem”.
Para Lula, não é possível enfrentar as mudanças do clima sem combater as desigualdades.
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