Ouvido por investigadores da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o motorista da empresa Auto Viação Marechal Pedro Domiense Campos, de 42 anos, afirmou que o grave acidente registrado nessa sexta-feira (17/11) entre o coletivo que ele conduzia e um trem de carga se deu por causa de um congestionamento e das condições do ônibus.
O profissional chegou a ser encaminhado em estado de choque para a ala psiquiátrica do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), maior unidade de saúde da capital do país. Em depoimento, alegou que estava em um engarrafamento quando o trânsito parou “de repente em cima da linha” e ele foi surpreendido pelo trem.
Campos explicou que fazia aquele mesmo trajeto a cada 15 dias. Questionado pelos policiais se não previu que poderia vir um trem na linha e que, inclusive, existe uma sinalização, o motorista disse que “a placa sempre fica lá, a vida toda”. Alegou que o engarrafamento parou na linha, e o ônibus não teve como sair do local.
“Esse ônibus tem mais de 10 anos. Não teve força para arrancar o ônibus da linha”, disse. Perguntado se não mediu as consequências de parar na linha do trem, se não viu o espaço suficiente para passar o ônibus todo, insistiu que ficou “preso” entre dois carros e não conseguiu sair do local.
Morte e feridos
O acidente entre o ônibus e o trem de carga provocou a morte de Julia de Albuquerque Violato, 37 anos, que morreu no local. Além do óbito da passageira, cinco pessoas foram transportadas a hospitais do DF por causa da tragédia.
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