O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) falou sobre os desafios enfrentados pela saúde pública do município e apontou duas razões fundamentais, segundo ele, para a atual crise no sistema de saúde: a pandemia da COVID-19 e os gastos excepcionais decorrentes.
Em mais um trecho da entrevista que concedeu ao ‘Égua do podcast’, nesta semana, o prefeito alegou que a pandemia impôs desafios sem precedentes para a gestão da saúde na cidade.
“A gente tem que reconhecer; ficamos com dificuldade de pagar porque gastamos mais do que o orçamento previa”, disse Edmilson.
“A pandemia da COVID-19 exigiu uma resposta rápida e eficaz, e isso naturalmente gerou gastos significativos. Investimos maciçamente em equipamentos de proteção, testagem em massa, contratação de pessoal e adaptação de estruturas para lidar com o aumento de casos”, continuou.
Além disso, o prefeito explicou que a crise financeira atual foi agravada pelo fato de que os gastos superaram as previsões orçamentárias iniciais. “É importante lembrar que nenhum planejamento prevê uma pandemia global, e nossos recursos acabaram sendo insuficientes para lidar com a dimensão do problema. Isso nos forçou a desviar fundos de outras áreas essenciais para a saúde”, ressaltou.
Edmilson Rodrigues ainda enfatizou seu compromisso em buscar soluções para a crise. “Estamos trabalhando incansavelmente para reverter essa situação. Estamos buscando parcerias, otimizando recursos e implementando medidas de austeridade para garantir que nossa população tenha acesso à assistência médica necessária. A saúde pública de Belém é uma prioridade, e estamos focados em superar esses desafios.”
REPASSES GOVERNO BOLSONARO
Durante a pandemia de coronavírus, o Governo Federal enviou ao Pará o aporte de R$ 164,5 milhões para uso exclusivo no combate à Covid-19. Além desse recurso direto, o estado recebeu, por meio do Ministério da Saúde, medicamentos, testes de diagnóstico, equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde, além de outros materiais e insumos.
O estado também recebeu a habilitação de 336 leitos de UTI voltados exclusivamente para os casos graves e gravíssimos do coronavírus. Desse total, 14 são de UTI pediátrica. A medida contemplou oito municípios, além da capital Belém, que teve 182 leitos habilitados. Para essas habilitações, foi enviado, em parcela única, o valor de R$ 48,4 milhões para estado e municípios, referentes ao custeio dos leitos pelo período de 90 dias ou enquanto durar a pandemia.
Com informações de Gov.br
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