A Polícia Federal (PF) está conduzindo a terceira investigação relacionada à facada que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sofreu durante a campanha presidencial de 2018. Durante o curso dessa investigação, ao examinar os conteúdos dos celulares apreendidos, os investigadores descobriram elementos que abrem novas perspectivas de apuração.
De acordo com fontes consultadas pelo portal Metrópoles, esses elementos estabelecem uma conexão entre um dos advogados de Adélio Bispo e o Primeiro Comando da Capital, o PCC. Tais evidências, embora não relacionadas ao atentado contra Bolsonaro, abrem espaço para uma nova frente de investigação.
Diante dessas descobertas, a PF decidiu adiar a conclusão do relatório até que se esgotem todas as possibilidades e que se esclareçam devidamente esses aspectos.
Em 2020, a PF havia encerrado sua investigação, mas, em 2021, a reabriu após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região liberar o acesso aos telefones de Adélio, até então proibido por uma liminar.
Em março, a Polícia Federal conduziu uma operação que teve como alvo escritórios e residências de ex-advogados de Adélio Bispo de Oliveira. Ele havia tentado assassinar o então candidato à presidência Jair Bolsonaro, em setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG).
No entanto, de maneira incomum, a instituição optou por não divulgar essa informação. Tal conduta é contrária ao procedimento padrão para todas as operações.
Durante a operação, os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e Juiz de Fora. Embora as ordens tenham sido expedidas pelo juiz Bruno Savino, da 3a Vara Criminal de Juiz de Fora, em novembro de 2022, a operação teve início efetivamente somente em março.
De acordo com informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, um inquérito da PF apurou o pagamento de R$ 350 mil, realizado pelo PCC, a uma empresa do advogado Fernando Magalhães. Junto com Zanone Oliveira Junior, eles foram os responsáveis pela defesa de Adélio Bispo à época.
Informações de Revista Oeste
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