Recluso e sem poder trabalhar desde que se envolveu no acidente de trânsito que resultou no atropelamento do ator Kayky Brito, 34, o motorista de aplicativo Diones Coelho da Silva, 41, falou sobre o caso. “Tenho a minha consciência tranquila. Desde o acidente estou muito abalado. Abalado com o estado de saúde do Kayky, com a massificação da mídia. Fico pensando no filhinho dele, sou pai também”, disse em entrevista a Splash.
Ele conta que desde o dia do acidente, na madrugada do último sábado (2), está sem conseguir trabalhar. Ele não tem recursos para consertar o carro, que é financiado e passou por perícia após o acidente, e foi bloqueado pelo aplicativo 99 sem mais detalhes.
“Não tenho como trabalhar [sem o carro]. Para a minha surpresa, o aplicativo me bloqueou, mesmo com as investigações apontando uma fatalidade. Nunca tive nenhuma intenção de machucar o menino”, disse.
Na Uber, onde é possível verificar a pontuação 5.0, a máxima da excelência no atendimento do motorista, a reportagem confirmou que a conta segue sem nenhuma restrição. Porém, pelo carro ser de cooperativa, sem ter outra opção de carro para entrar como “extra” no aplicativo, a fonte de renda de Diones segue parada.
Prejuízo de R$ 10 mil
O motorista conta que, se não conseguir retornar ao trabalho, poderá ter inúmeras complicações financeiras. Diones está inscrito em dois aplicativos de transporte de passageiros há quatro meses, quando decidiu abandonar a carreira de análise e desenvolvimento de sistemas e gestor de tráfego para investir em um ganha-pão mais autônomo.
Segundo ele, se não consertar o carro rápido, deixará de receber por volta de R$ 5 mil mensais — valor que cobre os custos familiares dele, da esposa e dos filhos de 11 e 13 anos. O investimento recente em um carro modelo Fiat Cronos 2023, justifica o motorista, é para oferecer excelência no atendimento aos clientes durante o transporte.
“O prejuízo foi avaliado em R$ 10 mil. O valor da franquia é de R$ 4 mil, mais a prestação do carro de R$ 1,7 mil mensais. O carro é o único meio de trabalho. Comprei o carro para trabalhar e, se pagar, não tinha nem 10 mil quilômetros rodados. Nem sei o que fazer. Tenho dois filhos pequenos, e isso agrava ainda mais meu psicológico”, explicou.
“Os meus danos foram apenas materiais, graças a Deus. Não tem um dia que eu não pense como está o Kayky. Só peço a Deus que tudo fique bem e ele saia logo do hospital”, ressaltou Diones.
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