O depoimento de Ronaldinho Gaúcho à CPI das Pirâmides Financeiras, realizado na manhã desta quinta-feira, na Câmara dos Deputados, mexeu com a rotina até certo ponto tranquila da casa parlamentar.
A ida do ex-jogador, eleito duas vezes melhor do mundo, movimentou até mesmo policiais legislativos, que ficaram de prontidão na porta do plenário que abrigou o depoimento de Ronaldinho.
Ronaldinho é apontado pela comissão como fundador e sócio-proprietário da 18K Ronaldinho, empresa ligada à venda de criptomoedas, e que prometia rendimentos de até 2% ao dia, mas bloqueou contas e não pagou os investidores. Em 2020, Ronaldinho se tornou réu em uma ação coletiva, que pede R$ 300 milhões em prejuízos aos investidores.
Até mesmo a escolha do plenário precisou ser alterada. A tomada de depoimento de Ronaldinho ocorreu no plenário 2, um dos maiores da Câmara dos Deputados, justamente pela expectativa de que a oitiva do ex-jogador seria uma das mais concorridas da comissão até o momento.
A possibilidade se confirmou e pessoas de todas as idades, entre visitantes, servidores, funcionários e profissionais de imprensa buscaram um lugar para tentar um registro de Ronaldinho ou com Ronaldinho, privilégio conseguido por pouquíssimas pessoas, ao final do depoimento.
Pergunta sobre sex shop
Durante o depoimento, o deputado Alfredo Gaspar (União/AL) perguntou a Ronaldinho se ele toparia fazer propagandas de um sex shop em troca de um lucro de R$ 1 bilhão. O jogador, então, se manteve em silêncio.
Assista ao vídeo:
Pedidos de camisa
Os parlamentares perderam a chance de tentar conseguir alguma lembrança da passagem de Ronaldinho pela capital federal.
O presidente da comissão, Áureo Ribeiro (Solidariedade/RJ), relembrou que tem uma camisa do Flamengo assinada pelo ex-jogador em sua sala, em Duque de Caxias.
A afirmação foi feita em meio ao debate sobre a investigação não ter nada de pessoal contra Ronaldinho, mas tão somente tentar elucidar as questões relacionadas às pirâmides financeiras.
Foi a chave para que outros deputados pedissem camisas autografadas e até uma boina como a que o ex-jogador estava usando durante o depoimento.
Ao final da oitiva, apenas alguns poucos garçons que estavam atuando próximos aos parlamentares tiveram a chance de tirar uma foto com Ronaldinho, que demorou menos de cinco minutos para deixar o plenário, acompanhado do advogado, Sérgio Queiroz, e de seu irmão e empresário, Roberto Assis.
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