Cantor recebeu o maior prêmio da literatura de língua Portuguesa, o prêmio Camões, e fez questão de lembrar a gestão da cultura no governo de Jair Bolsonaro
Na última segunda-feira (24), o compositor brasileiro Chico Buarque, recebeu o maior prêmio da literatura de língua Portuguesa, o prêmio Camões, na cidade de Sintra em Portugal.
Em emocionado discurso, o cantor fez duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL), a qual ele classificou de “anos de estupidez e obscurantismo”.
O ex-presidente deveria assinar o diploma do prêmio em 2019, mas se recusou.
Buarque comemorou que o ex-presidente Jair Bolsonaro não tenha “sujado o diploma com sua assinatura” e dedicou o troféu literário a autores e artistas “humilhados e ofendidos nesses últimos anos de estupidez e obscurantismo”.
O prêmio Camões de Literatura, criado em 1988, é uma parceria dos governos brasileiro e português que tem o objetivo de homenagear autores de língua portuguesa com contribuições para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural lusófono.
Chico Buarque venceu o troféu por unanimidade em 2018, mas ainda não havia recebido a honraria em razão das dificuldades impostas por Bolsonaro à assinatura dos documentos que possibilitavam a entrega do prêmio.
Além do diploma, o cantor ainda recebeu 100 mil euros (cerca de 540 mil reais) pela indicação.
Na solenidade, Lula também fez críticas ao ex-presidente e classificou a cerimônia como um “momento de reparação” e disse que o atraso na entrega do prêmio foi um dos “maiores absurdos cometidos contra a cultura brasileira”.
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