Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a Polícia Federal (PF) prendeu o empresário Milton Baldin, em Brasília, na terça-feira 7. Baldin é de Sinop (MT) e tem negócios no Estado.
Baldin foi preso por volta das 20h e estava em frente ao Quartel General do Exército, área no Setor Militar Urbano, que reúne manifestantes que protestam contra o resultado eleitoral do segundo turno. A prisão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
O empresário foi levado pelos policiais para prestar depoimento na Superintendência da PF em Brasília.
No dia 26 de novembro, em um vídeo publicado nas redes sociais, Baldin pede que “os empresários deem férias aos caminhoneiros” pois estão precisando de “peso e força” nas manifestações em Brasília.
“Gostaria de pedir ao agronegócio, a todos empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros vir para Brasília, que nós estamos precisamos de peso e de força aqui”, disse ele.
Baldin também concovou caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo (CACs) a participarem de atos contra o presidente eleito, Lula (PT).
“Queria também pedir aos CACs, os atiradores, que têm armas legais, atiradores”, disse. “Hoje, nós somos, inclusive, eu, 900 mil atiradores. Venham aqui mostrar presença para nós.”
Usando um microfone e falando para um grupo de manifestantes de cima de um palco improvisado próximo ao quartel, ele questionou o que ocorreria no próximo dia 19 -data limite para a diplomação de Lula, após a vitória na disputa presidencial.
“Se nós perdermos essa batalha, o que vocês acham que vai acontecer dia 19? Vão entregar as armas. E aí o que vão falar? ‘Perdeu, mané.’ E como nós vamos defender a nossa propriedade e a nossa família?”
Em outro momento, Baldin afirmou que a bandeira do Brasil pode até ser vermelha, “mas com meu próprio sangue”. O empresário se tornou conhecido pelas falas, em virtude de um vídeo que viralizou na rede social.
Há quatro meses, Moraes determinou à PF busca e apreensão em endereços de oito empresários integrantes de um grupo de rede social de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro baseou-se em mensagens de WhatsApp com suposto teor golpista. Entre os alvos estava Luciano Hang.
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