Secretaria de Transporte do Estado faz 2 kms dos 70 kms das obras da Transuruará e toma chá de sumiço

Moradores da região da Transamazônica denunciam o que todo mundo sabe, mas ninguém se atreve a noticiar: o asfaltamento da PA-370, a Transuruará, ficou na promessa de campanha do governador Helder Barbalho. Já não há máquinas no local e a pompa da pavimentação alcançou míseros dois dos mais de 70 quilômetros da rodovia.
Como analisa um dos moradores da região, “dois quilômetros são suficientes para fazer a propaganda do governador no Horário Eleitoral da TV, inclusive com imagens de passeio de drone, dando a sensação de que o trabalho no local está bem mais adiantado do que parece”. Ninguém sabe dizer para onde foram as máquinas que trabalhavam na obra e muito menos prevê quando – e se – o projeto será retomado.
A hora é agora: a partir de dezembro vêm as chuvas e, mais do que não fazer nada, a Secretaria de Transporte do Estado corre o risco de ver perdido o pouco que começou a fazer.

Tudo junto e misturado


Antigamente, as áreas sem asfalto do interior do Pará, sobretudo nas regiões sul e sudeste, eram marcadas por atoleiros no inverno e muita poeira no chamado de Verão Amazônico. Acontece que, neste ano, está tudo junto e misturado: quem mora nos chamados travessões, estradas de terra que interligam vilas, agrovilas e fazendas à área urbana das cidades tem vivido as duas realidades.
Com fortes pancadas de chuvas em pleno mês de agosto, motoristas e pedestres enfrentam ora lama, ora poeira, dependendo do humor de São Pedro, às vezes em mesmo dia. Trata-se, segundo se comenta ‘de um desacerto’ no tempo jamais visto. Há inclusive casos, como no município de Placas, onde, na mesma estrada, é possível enfrentar a lama e depois a poeira, numa mesma estrada, dependendo de qual parte dela foi maltratada pela chuva e qual castigada pelo sol.

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