Tráfico internacional descortina nova propriedade do açaí do Pará e imponderáveis amizades 

Que o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, é uma porta aberta para o tráfico todo mundo está careca de saber – vai de minério extraído ilegalmente em território paraense a drogas, provenientes sebe-se lá de onde. O que não se conhecia, até a prisão do empresário Marco Antônio Faria Júnior, em Portugal, acusado de ter negócios no município, eram as relações de amizade do empresário com o tenente da Polícia Militar do Pará, Aderaldo Pereira de Freitas Neto.

O militar foi preso com o empresário, ambos acusados de terem ligação com o chamado “Escobar brasileiro”, Sérgio Carvalho, ou “Major Carvalho”. As prisões ocorreram durante a operação “Norte Tropical”, da Polícia portuguesa. A cocaína era transportada escondida em embalagens contendo açaí congelado e embarcado no Porto de Vila do Conde que, como se vê, opera sem fiscalização tanto para o bem, quanto para o mal. Aliás, nessa operação portuguesa, com certeza descobriu-se mais uma propriedade do poderoso açaí do Pará.

Roupa no quaradouro

Em Belém, as relações de amizade do tenente Aderaldo Pereira de Freitas Neto são bastante conhecidas, como se pode observar em postagens nas redes sociais: da esquerda para a direita, o DAS do governo lotado no Detran, Vítor Magalhães, cabo eleitoral do candidato a deputado estadual e ex-prefeito de Benevides Ronie Silva; o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado; Bené Magalhães, pai de Vítor Magalhães, amigo da família Barbalho e dono de contratos na área de segurança patrimonial com o governo do Pará e o tenente preso em Portugal por tráfico de drogas.

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