Vários civis desfrutavam de um dia de verão num parque próximo ao centro comercial de Kremenchuk, 300km de Kiev, na Ucrânia, quando o barulho de uma explosão os fez fugir do local, como mostram as imagens das câmaras de segurança do local. Os destroços provocados pelo ataque de um míssil russo ao shopping — que causou pelo menos 20 mortos — espalharam-se pelo local.
Os registros feitos por diversas câmeras de segurança — que também tremeram com o impacto da explosão — mostram o lugar sendo tomado por tons laranja devido ao fogo, após a explosão. Nos vídeos também é possível ver o chão balançando e adultos caindo e tentando proteger crianças onde era possível, como atrás de árvores.
As imagens também mostram pedaços de galhos e folhas caindo no chão, assim como aves que estavam no entorno de um lago fugindo da região.
Segundo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, havia “mais de mil pessoas” no centro comercial no momento do ataque. De acordo com serviços de emergência locais, além dos 18 mortos, outros 59 ficaram feridos. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostravam o centro comercial pegando fogo, com grandes colunas de fumaça e caminhões dos bombeiros por perto. O G7 chamou o incidente de “crime de guerra”.
Nesta terça-feira, a Rússia negou ser responsável pelo ataque, alegando, por sua vez, que o local estaria em desuso e que pegou fogo após o ataque a um depósito de armas próximo. O Ministério da Defesa russo assegurou em comunicado que destruiu com mísseis de “alta precisão” depósitos de armas entregues por países ocidentais, localizados na zona de uma fábrica de maquinaria de construção, junto ao centro comercial.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, considerou que “as explicações exaustivas do Ministério da Defesa refutam totalmente a versão ucraniana” dos fatos.
As operações de resgate, afirmou no Telegram Kyrylo Tymochenko, chefe-adjunto do Gabinete presidencial da Ucrânia, continuaram no shopping, que ocupa um espaço aproximado de 10 mil metros quadrados. Segundo a Reuters, bombeiros e soldados reviravam os escombros atrás de sobreviventes.
Desde o início da invasão militar na Ucrânia em 24 de fevereiro, a Rússia negou consistentemente todas as acusações de bombardeio ou ataque a civis. O governo alega que todas as situações são uma armação ou atribui os eventos à Ucrânia.
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