O senador Randolfe Rodrigues (REDE), disse durante uma entrevista que o caso da suposta corrupção no Ministério da Educação “alcança altos escalões na presidência da república, altos escalões do governo federal”.
Randolfe também afirma que os acusados e citados no caso de corrupção frequentavam o palácio presidencial e o gabinete de Jair Bolsonaro. O senador ainda disse que, “quando um crime alcança as mais altas esferas do governo, passa a ter uma responsabilidade e atribuição que tem que ser do congresso nacional”.
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Em seu Twitter, Randolfe disse que “tem que prender quem manda também”.
CPI do MEC
Randolfe Rodrigues anunciou que conseguiu coletar as 27 assinaturas necessárias para instalar a CPI do MEC.
A ideia é o pedido de investigação seja protocolado na próxima semana. O senador havia conseguido, até o início da noite de hoje, 28 das 27 assinaturas necessárias para a que o pedido de abertura comece a tramitar.
Segundo Randolfe, para que a comissão seja aberta, basta obedecer três fatos: fato determinado, número regimental mínimo de assinaturas e tempo de funcionamento. Para o senador, o pedido de instalação da CPI do MEC já reúne esses pré-requisitos, portanto, Pacheco já poderia ler o documento em plenário. Contudo, cabe ao presidente do Senado decidir quando o fará.
“De todos os presidente que já passaram pela condução desta Casa, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se distingue por ser um dos mais obedientes ao texto da Constituição, até por sua formação jurídica. Então, eu tenho confiança nisso, o presidente sabe muito bem que a CPI é um direito constitucional de minoria”, disse Randolfe, em entrevista a jornalistas.
O congressista também afirmou que terá de fazer uma escolha: integrar o colegiado ou permanecer na coordenação da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Será incompatível ter as duas funções: estar atuando em uma campanha eleitoral e, ao mesmo tempo, ser membro da CPI. É uma escolha futura que terei de fazer, sobre [ser] um ou outro”, disse o senador a jornalistas, em entrevista coletiva para divulgar a conquista das 27 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de CPI.
Randolfe afirmou que tem dito a outros senadores que não exigirá estar à frente da CPI e, no limite, sequer fazer parte dela, caso isso ajude a afastar acusações de que a investigação parlamentar tem fins político-eleitorais. “Embora seja o primeiro signatário do pedido de CPI, não faço exigência de ser membro. A alguns colegas tenho dito, referenciei isso ao senador Izalci (PSDB-DF), por exemplo, ao senador Giordano (MDB-SP). Tenho dito claramente isso. Vocês conhecem CPI, sabem que é tradição que o primeiro signatário não só seja membro, como venha a ser presidente, vice-presidente, relator, tenha uma posição de destaque nela. Se for necessário, renunciarei a esta condição para que a CPI seja instalada”, garantiu.
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