Na última quarta-feira, 22, a Petrobras pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais um tempo para explicar os critérios da estatal para justificar o novo aumento nos combustíveis.
Na última sexta-feira, 17, o ministro André Mendonça deu 5 dias para a Petrobras prestar “minuciosas informações” sobre o aumento do diesel e da gasolina e sobre a política de preços dos últimos 60 meses. O prazo acabava nesta sexta-feira, 24, entretanto, a Petrobras pediu mais 5 dias úteis.
A Petrobras argumentou que o volume de informações exigido impede o cumprimento do prazo.
“À luz do grande volume de dados a serem analisados para apuração das informações e de documentação requisitados, assim como atenta à inexorável qualidade dos dados a serem explicitados para bem contribuir com a prestação jurisdicional, a Petrobras vem, com todas as vênias, apresentar o pedido de dilação do prazo originalmente fixado para cumprimento das determinações”, informou a companhia, no pedido.
Entretanto, a estatal se comprometeu a enviar, dentro do prazo inicial, “parte da documentação requisitada que conseguir levantar até aquela data, que abrangerá os anos de 2017 e 2018, como se estima”.
O texto enviado ao Supremo é assinado pelos advogados Rafael de Matos Gomes da Silva, Tales David Macedo e Frederico de Oliveira Ferreira.
Reajuste nos preços
O pedido de Mendonça foi feito após a Petrobras aumentar na sexta-feira (17) o preço médio da gasolina em 5,2% e do diesel em 14,2%.
A Petrobras afirma que o preço da gasolina passou 99 dias sem reajustes. O do diesel, 39 dias. Segundo a estatal, “a companhia tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse imediato para os preços internos”.
Na segunda-feira, 20, pressionado pelo Planalto, o então presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, renunciou. No mesmo dia, estatal anunciou Fernando Assumpção Borges como presidente interino.
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