Os corpos dos jornalistas britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira foram encontrados pela Polícia Federal. A informação foi divulgada pela esposa de Phillips ao jornalista André Trigueiro, do g1. As autoridades brasileiras ainda não confirmaram as mortes dos dois, que estão desaparecidos desde o dia 5 de junho, na região do Vale do Javari, no Amazonas.
Segundo o jornal britânico “The Guardian”, para o qual Dom Phillips trabalhava, o embaixador do Brasil no Reino Unido teria informado familiares do jornalista na manhã desta segunda-feira (13) que os corpos foram encontrados amarrados em uma árvore em uma região remota da floresta e que ainda seriam identificados oficialmente.
“Ele disse que queria que soubéssemos que eles encontraram dois corpos. Ele não descreveu o local e apenas disse que era na floresta tropical e, disse que eles estavam amarrados a uma árvore e ainda não haviam sido identificados”, disse Paul Sherwood, cunhado de Phillips.
Arruda ainda acrescentou ao cunhado de Dom que, assim que “estivesse claro, ou quando fosse possível, eles fariam uma identificação”.
No domingo, 12, a Polícia Federal encontrou um cartão de saúde no nome de Bruno Pereira, além de outros pertences do indigenista e do jornalista britânico Dom Phillips. Mais cedo, o Corpo de Bombeiros do Amazonas já havia declarado ter encontrado uma mochila, um notebook, além de outros objetos, submersos na área em que são realizadas buscas pelos dois desaparecidos.
Segundo uma nota divulgada pela PF, além do cartão, foram identificados uma calça preta, um chinelo preto e um par de botas que pertenciam a Bruno. Também estão entre os objetos resgatados um par de botas e uma mochila com roupas de Phillips.
O material foi localizado por volta das 16 horas próximo à casa de Amarildo Costa de Oliveira, suspeito de envolvimento no crime, que já está preso. Investigadores já haviam encontrado vestígios de sangue no barco do pescador. Segundo testemunhas, Amarildo teria seguido o indigenista e o jornalista antes do desaparecimento dos dois.
Os dois foram vistos pela última vez no dia 5 de junho, quando se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), e desapareceram. O indigenista já havia denunciado que estaria sofrendo ameaças na região, informação confirmada pela PF, que na ocasião abriu procedimento investigativo sobre a denúncia.
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