Neste último domingo (24), o Ministério da Defessa divulgou uma nota em resposta à uma fala de Roberto Barroso (Ministro do Supremo Tribunal Federal). O texto assinado pelo titular da pasta, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, diz que a acusação é “irresponsável” e que se trata de uma “ofensa grave” às instituições militares.
“Desde 1996 não tem um episódio de fraude no Brasil. Eleições totalmente limpas, seguras e auditáveis. E agora se vai pretender usar as Forças Armadas para atacar?
Gentilmente convidadas a participar do processo, estão sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo?”, disse Barroso em um evento promovido por universidade alemã.
O ministro do Supremo disse ainda afirmou que “assistimos” a “repetidos movimentos para jogar as Forças Armadas no varejo da política”.
“Todos nós assistimos repetidos movimentos para jogar as Forças Armadas no varejo da política. Isso seria uma tragédia para a democracia. Isso seria uma tragédia para as Forças Armadas, que levaram 3 décadas para se recuperarem do desprestígio do regime militar e se tornarem instituições valorizadas e prestigiadas pela sociedade brasileira”, disse o magistrado.
O ministro entretanto, afirmo que, “o profissionalismo e respeito à Constituição” têm prevalecido.
“Até agora, o profissionalismo e o respeito à constituição têm prevalecido, mas não deve passar despercebido que militares admirados e respeitadores da Constituição foram afastados. O general Santos Cruz, um herói brasileiro que combateu no congo, o general Mainard Santa Rosa, um homem de maior integridade e o próprio general Fernando Azevedo. Não é comum isso, nunca tinha acontecido isso dessa forma”, disse Barroso.
Na nota divulgada pelo Ministério da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira diz que “afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas instituições nacionais permanentes do estado brasileiro”.
O documento diz ainda que as Forças Armadas apresentaram propostas para “aprimorar a segurança e a transparência do sistema eleitoral”.
“As Forças Armadas, republicanamente, atenderam ao convite do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e apresentaram propostas no âmbito da Comissão de Transparência das Eleições (CTE) para aprimorar a segurança e a transparência do sistema eleitoral. As eleições são questão de soberania e segurança nacional, portanto, do interesse de todos. As Forças Armadas, como instituições do estado brasileiro, têm uma história de séculos de dedicação à pátria e ao povo brasileiro, quer na defesa do país, quer na contribuição para o desenvolvimento nacional e para o bem-estar dos brasileiros”, diz a nota.
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