O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convidou a União Europeia, a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES), o Parlamento do Mercosul (Parlasul), a União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para acompanharem as eleições presidenciais de outubro como observadores internacionais. A informação é da agência de notícias Reuters.
Com a exceção da OEA, que monitorou as eleições brasileiras em 2018 e em 2020, todas as outras entidades foram conividadas pela Corte eleitoral pela primeira vez.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, que lida com a política externa da União Europeia, respondeu no mês passado agradecendo ao TSE pelo convite, dizendo que precisava consultar os 27 Estados-membros do bloco e o Parlamento Europeu, disse à Reuters uma pessoa com conhecimento do assunto.
Segundo o TSE, as conversas com os órgãos estão em andamento, mas todos demonstraram interesse em participar do pleito como observadoras. O GLOBO apurou que os convites para os organismos foram costurados após um encontro, em março, entre o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, e o presidente da Corte, ministro Edson Fachin, em março.
Os observadores internacionais são organizações estrangeiras que, ao final do processo, produzem relatórios com todas as informações colhidas durante os pleitos.
No início de fevereiro deste ano, a Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos divulgou um relatório em que mostrou o aumento da violência nas eleições de 2020, com alta de ocorrências contra candidatas e candidatos. O documento foi entregue ao então presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, durante evento na sede da OEA, em Washington.
Em 2020, observadores internacionais da OEA acompanharam a realização dos dois turnos das eleições. A Missão considerou inaceitável o uso da violência e afirmou no relatório que “a rejeita enfaticamente em qualquer circunstância, especialmente na democracia”. O documento expressa preocupação pelo ambiente de medo e intimidação que impede eleitoras e eleitores, assim como candidatas e candidatos, de se envolverem na política.
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