Adriana Ferreira Almeida, a Viúva da Mega-Sena, acaba de sofrer mais um revés. Condenada a 20 anos de prisão por ser mandante do assassinato do ex-lavrador e milionário Renê Senna, em janeiro de 2007, ela foi considerada pela Justiça indigna de receber qualquer parte da herança do ex-marido.
“Em razão da participação da ré no homicídio do genitor da autora, defende a sua exclusão da sucessão pela configuração de indignidade”, diz parte do documento, assinado pelo juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, titular da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito.
Adriana já está na disputa pela herança de Renê com a família há 15 anos. Em 2018, a Justiça já havia decidido que o testamento que a beneficiava era inválido. Como parte da herança, estão um sítio de 9,3 quilômetros quadrados e o prêmio de R$ 52 milhões da Mega-Sena, hoje avaliado em R$ 90 milhões
O CRIME
Renê Senna foi lavrador por boa parte de sua vida. Por sequelas da diabetes, teve suas duas pernas amputadas e passou a vender doces na beira da estrada, em Rio Bonito, na região metropolitana do Rio. Até que, em 2005, ele ganhou R$ 52 milhões no sorteio 679 da Mega-Sena.
Um ano depois, em 2006, ele e Adriana começaram a namorar e logo foram morar juntos. Adriana, então, assumiu a gerência das contas do marido.
Segundo testemunhas, o relacionamento dos dois entrou em crise quando Renê descobriu que era traído. De acordo com o gerente do banco, o homem manifestou intenção de cancelar a conta conjunta, movimentada por Adriana. A filha do ex-lavrador, Renata Senna, disse ainda que o pai tinha intenção de excluir a mulher do testamento.
Senna foi executado a tiros por dois homens contratados por Adriana, em Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio. De acordo com a sentença que condenou a ex-cabeleireira, ela ordenou a morte do marido após ele ter dito que iria a excluí-la do testamento, pois havia descoberto que estava sendo traído.
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