O ministro da Educação, Milton Ribeiro, deixou o cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta segunda-feira (28), após a divulgação de novas acusações de suposto favorecimento na aplicação de recursos da pasta em troca de vantagens para pastores e igrejas.
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, Milton Ribeiro decidiu entregar o cargo para evitar danos à campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato à reeleição em outubro. O titular do MEC está envolvido em suspeitas sobre a atuação de dois pastores em uma espécie de gabinete paralelo na pasta.
Ainda conforme o jornal, Bolsonaro deve aceitar a demissão do ministro, que deixaria o cargo até o dia 1º de abril. Para o lugar de Ribeiro, o atual secretário-executivo da pasta, Victor Godoy Veiga, é o mais cotado.
Integrantes do Centrão, da bancada evangélica e da coordenação da campanha de Bolsonaro elevaram o tom e pediram a cabeça de Ribeiro o quanto antes, para blindar não apenas o presidente, mas o próprio segmento religioso, incomodado com as denúncias de corrupção reveladas pelo Estadão.
Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Comentários