Nesta última terça-feira, o Senado da Flórida (EUA) aprovou uma lei proibindo o ensino de assuntos relacionados a orientação sexual e identidade de gênero nas escolas de ensino fundamental.
O texto, aprovado nas duas câmaras estaduais, que possuem maioria republicana, precisa agora do endosso do governador da Flórida, Ron DeSantis, que já manifestou seu apoio à iniciativa.
Em janeiro deste ano, o projeto estava avançando, agora, foi referendado. “Don’t Say Gay” (“Não diga gay”, em tradução livre), o texto incentiva que pais de alunos processem as escolas que tentem trazer esta pauta para as aulas.
“Isso apagaria a história e a cultura dos LGBTQIA+ dos planos de aula e enviaria uma mensagem assustadora aos jovens das próximas gerações”, disse a diretora executiva do grupo nacional de defesa da juventude GLSEN.
Entretanto, os republicanos alegam que o projeto não proíbe conversas espontâneas entre professores e seus alunos, e sim impede a inclusão de aulas sobre o tema no currículo escolar.
A lei proíbe o ensino dessas questões “de maneira não apropriada à idade ou ao desenvolvimento dos alunos”. Uma formulação que, dizem seus críticos, poderia estender o alcance do texto aos estudantes mais velhos.
O secretário de Educação dos EUA, Miguel Cardona, teceu críticas à medida. “Os líderes da Flórida decidiram que leis baseadas no ódio e na discriminação têm prioridade sobre a recuperação dos estudantes da pandemia”, disse Cardona no Twitter.
Uma ONG famosa na Flórida por defender os direitos LGBTQIA+, acusou os legisladores de “aliarem-se às turbas enfurecidas que lançam insultos anti-LGBTQIA+ contra aqueles que pedem nada mais do que um lugar seguro para estudar sem ter que esconder quem são”.
A votação no Senado criou uma grande repercussão e levou centenas de alunos a protestarem nos últimos dias na frente do prédio do Parlamento, em Tallahassee.
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