PORTUGAL – No último domingo (16), em Lisboa, um menino, de 6 anos, não cardiopata (de identidade ainda não divulgada) faleceu no dia seguinte ao da sua entrada, no Hospital de Santa Maria (15) com quadro de parada cardiorrespiratória. Os médicos conseguiram reanimá-lo, mas o garotinho não resistiu.
Segundo informações de jornais portugueses, o hospital reportou que a criança testou positivo para a Covid-19 dias após já ter tomado a dose da pfizer. A mãe relata que ela teve febre na manhã em que deu entrada na emergência Unidade de saúde.
Uma semana antes, o garoto teria recebido sua primeira dose da vacina contra a doença.
Ainda não há clareza sobre o que ocasionou a parada cardiorrespiratória no menino, já que se tratava de uma criança saudável, sem comorbidades. Uma autópsia será realizada para saber se a morte da criança teve relação com a vacina tomada.
“Nenhuma possibilidade está descartada”, disse uma fonte à CNN Portugal. Por ter sido vacinado recentemente, e por as reações adversas poderem ocorrer algum tempo depois da aplicação da vacina, o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) foi imediatamente notificado, como é necessário que aconteça.
O hospital confirmou que recebeu a suspeita de reação adversa e disse, em nota, que o caso está sendo investigado junto a Unidade Regional de Farmacovigilância de Lisboa, Setúbal e Santarém.
O instituto deixou claro que ainda não se tem certeza sobre a causa do óbito e afirmou que está avaliando a situação clínica. De acordo com informações que seguem sendo apuradas.
“Uma das situações suspeitas é que a paragem cardiorrespiratória tenha sido provocada por uma miocardite, um dos riscos da vacina, mas essencialmente das crianças que são infetadas com covid-19”, publicou o jornal.
Nenhuma possibilidade é descartada. Nem que a morte tenha sido provocada pela covid, nem que a causa seja outra, como a obstrução de via respiratória por um corpo estranho ou um engasgamento.
“O relatório final sobre a causa da morte pode demorar se for preciso fazer análises especiais aos tecidos, para ter a certeza sobre o que aconteceu à criança de seis anos. Especialistas avisam que, tendo em conta as características do caso, a autópsia pode até nem ser conclusiva” […] Para Cristina Camilo, médica do Hospital de Santa Maria e presidente da Sociedade Portuguesa dos Cuidados Intensivos Pediátricos, casos como este têm sempre de ser notificados às autoridades, mesmo que depois não se venha a verificar que resulte da vacina. “É importante notificar todos os eventos pois é a única forma de se perceber no futuro se alguma reação pode estar relacionada com a vacinação, com uma maior severidade do vírus ou da junção das duas”, divulgou a CNN lusitana.
O resultado da autópsia da criança sairá nos próximos dias, pois ainda há exames complementares que devem ser feitos.
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