O deputado Delegado Caveira (PP) tem cobrado providências contra manifestantes que o incomodavam com palavras de ordem durante pronunciamento em sessão ordinária na terça-feira, 30. Os pedidos para a retirada dos opositores das galerias foram destinados ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), Francisco Melo Chicão, e também acompanhadas cobranças de explicações a respeito dos mais de 80 policiais lotados na Alepa, incluindo 6 coronéis.
Segundo fontes da Casa para a coluna do jornalista Olavo Dutra, a presença de policiais no órgão é recorrente, mas, na atual administração Legislativa, tem se destacado por ser a maior de todos os tempos.
O número de policiais lotados na Alepa deve ser proporcional de dois para cada deputado, embora muitos deles sequer cheguem a comparecer no local, como o suboficial BM Esdras, marido da cantora Gretchen. Ainda há mais cinco coronéis da PM que sempre desempenharam funções de gabinete sem nunca ter entrado em uma viatura.
O que muito se diz, além disso, é que a presença desses servidores em cargos importantes, como o de chefe do Gabinete Militar da Assembleia Legislativa, ocupado pelo coronel Paranhos, se dá pela proximidade com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).
As denúncias apontam, também, que alguns PMs lotados em gabinetes de deputados atuam servindo a outras instituições, como é o caso da tenente-coronel BM Denise, servindo junto ao Prefeito de Barcarena, Renato Ogawa. Outro nome não identificado pelo Delegado Caveira, um capitão, serve em Tailândia, nordeste paraense.
A última sessão da Alepa antes do recesso de final de ano foi na última segunda-feira, 6, e as expectativas eram de que o assunto voltasse a ser discutido, com explicações da presidência.
Foto: AID/Alepa.
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