Tramita no Congresso um projeto que visa a criação do estado do Tapajós, dividindo, então, o atual estado do Pará. O relator do pedido é o senador Plínio Valério (PSDB-AM) e, caso a nova unidade federativa seja criada, terá o equivalente a 43% do território paraense, abrangendo 23 municípios e com uma população total de 2 milhões de habitantes.
O Polo do Tapajós é formado atualmente por 19 municípios, segundo a Secretaria de Estado de Turismo do Pará e, desses, os destaques são Santarém, Belterra e Óbidos como destinos mais procurados por turistas.
Suas praias já entraram para a lista das mais bonitas do mundo, inclusive, recentemente, Alter do Chão ganhou o Prêmio UPIS de melhor destino turístico nacional. Em 2009, o jornal inglês The Guardian elegeu Alter como tendo a praia de água doce mais bonita do Brasil.
Com a criação do Tapajós, o Pará perderia as belezas naturais da região. Vamos listar aqui quais são elas:
SANTARÉM
A cidade, que é prevista para ser a capital do Tapajós, serve de ponto de apoio para passeios ao arredores, como trilhas.
Os casarões de arquitetura portuguesa, ainda que não muito bem preservados, fazem parte da rotina de Santarém e são atrativos da região.
Também é possível assistir o encontro das águas dos rios Tapajós e Amazonas, que não se misturam devido a diferença de densidade, velocidade e temperatura das suas águas.
ALTER DO CHÃO
Já listada como um dos destinos mais lindos do mundo, o distrito fica a 36 quilômetros de Santarém e é conhecido pelas águas doces que formam na vazão do rio Tapajós, entre agosto e dezembro, tendo um banco de areia como atrativo mais famoso, chamado de Ilha do Amor.
Alter também se destaca como ponto de partida para diversas comunidades ribeirinhas, como o jardim de vitórias-régias, no Canal de Jari, além de Coroca, comunidade que fica às margens do rio Arapiuns. Lá, é possível desfrutar de praias com águas tranquilas, artesanato com pigmentos naturais e criação de quelônios.
BELTERRA
A cidade ficou conhecida após uma tentativa de Henry Ford erguer um polo operário com regras estadunidenses em plena Amazônia para a extração de borracha. Ainda hoje é possível ver os resquícios dessa época.
As praias de água doce também fazem parte do cotidiano da região e, entre elas, se destaca a praia do Pindobal, uma das mais conhecidas.
O que tem chamado atenção é a Floresta Nacional do Tapajós, uma área de cerca de 530 mil hectares que abriga espécies de samaúmas gigantes de mais de 900 anos de idade. O local pode ser explorado por meio de trilha.
ÓBIDOS
A cidade é considerada a mais portuguesa do estado e fica às margens de um trecho estreito de rio conhecido como “Garganta do Amazonas”, onde há também forte vegetação. O município possui fortificações erguidas entre os séculos 19 e 20.
As ruínas da Fortaleza Gurjão fazem parte dos atrativos mais procurados por quem visita a cidade. A construção é datada no início do século passado e guarda canhões usados em eventos históricos, como a Coluna Prestes e a Revolução Constitucionalista na Amazônia, na Serra da Escama.
Óbidos tem também o Forte de Santo Antônio dos Pauxis, tombado pelo IPHA, erguido em 1697 como estratégia de garantir a soberania portuguesa na região.
ORIXIMINÁ
É a segunda maior cidade do Pará e ficou conhecida como a “Princesa do rio Trombetas”. Oriximiná tem como destaque a Cachoeira do Jatuarana, com queda de água doce de mais de cerca de 15 metros.
O município é antiga terra quilombola, onde também é possível conhecer mais quedas d’água, como as cachoeiras no interior da Comunidade Quilombola da Pancada, a 3 horas de lancha da cidade.
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