A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto que proíbe mulheres e meninas transexuais de participarem de competições de esporte feminino em escolas e demais instituições de educação que possuem financiamento federal. A aprovação se deu nesta quinta-feira, 20.
A Lei de Proteção de Mulheres e Meninas nos Esportes, de autoria do deputado republicano Greg Steube, da Flórida, proíbe que pessoas “cuja o sexo seja masculino” participem de esportes designados para mulheres ou meninas.
Além disso, o projeto define o sexo com base “exclusivamente na biologia reprodutiva e genética de uma pessoa no nascimento”, informa a emissora NBC News.
Aprovado por 219 votos contra 203 na Câmara, que é majoritariamente republicana, o projeto para proibir pessoas trans nas competições femininas não deve ser validado pelo Senado, segundo a mídia norte-americana. O Senado é controlado pelos democratas nos Estados Unidos.
A Casa Branca informou que o projeto será vetado caso chegue à mesa do presidente Joe Biden. A medida é considerada pelo Executivo como discriminatória contra pessoas trans.
Republicanos versus democratas
Mesmo diante do posicionamento da Casa Branca, o deputado republicano pede apoio para o projeto seguir adiante. “Os pais não querem homens biológicos em vestiários com suas filhas”, disse Steube. “Nem acreditam que é justo que um homem possa competir com mulheres no atletismo feminino”, completou.
Os democratas acusam os republicanos de perseguir pessoas trans para arrecadar dinheiro de doadores conservadores, pontua ainda a NBC News. Eles argumentam que o projeto de Steube tornaria a vida das pessoas transgênero mais difícil, desencadeando mais problemas de bullying, depressão e pensamentos suicidas.
Por sua vez, a deputada republicana Virginia Foxx, da Carolina do Norte, se recusou a reconhecer a existência de mulheres transgênero em audiência legislativa.
Presidente do Comitê de Educação da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Virginia disse que é impossível uma pessoa viver com um sexo diferente do biológico. “Eles são machos, desculpe”, disse ela, segundo o jornal norte-americano The Hill.
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