O deputado federal Olival Marques (MDB-PA), que foi eleito com o apoio maciço de eleitores conservadores e da igreja Assembleia de Deus onde seu pai é pastor e presidente de honra, retirou a assinatura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro (CPMI).
A informação foi confirmada pelo autor do requerimento, o deputado federal André Fernandes (PL-CE). Marques assinou a CPMI no início deste mês, depois que o pedido já havia sido protocolado.
O portal Questiona Brasil entrou em contato com o parlamentar mas não obteve resposta.
O deputado havia desabilitado a função de comentários em suas publicações nas redes sociais, mas reativou depois. Muitos internautas conservadores que estão se sentido “traídos” por Olival, estão cobrando um posicionamento do político no perfil oficial dele no Instagram e nas demais redes.
O objetivo da comissão é apurar os responsáveis pelos atos de vandalismo registrados nas sedes dos Três Poderes. A CPMI do 8 de janeiro quer investigar se houve leniência e até mesmo interferem direta do governo federal (PT, já eleito na época) que destruiu prédios e obras de arte públicos.
Enquanto o presidente da Casa não instala a comissão, o governo do presidente Lula tenta minar a CPMI — por exemplo, represando a liberação de emendas parlamentares.
Na tarde de ontem terça-feira (18), estava prevista para acontecer a sessão que instalaria oficialmente a comissão de investigação, porém, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou por mais uma semana.
A decisão do adiamento foi tomada durante reunião de líderes partidários e atende a um pedido de parlamentares aliados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O petista é contrário à criação de um colegiado para apurar os atos golpistas, por considerar que o governo tem os instrumentos necessários para investigar os crimes.
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