Comerciantes de diferentes regiões do país têm reduzido o uso de meios de pagamento digitais, como Pix e cartões, e retomado o dinheiro em espécie diante do aumento da fiscalização sobre transações financeiras. A mudança de comportamento ocorre em meio à ampliação do monitoramento e ao cruzamento de dados realizados pela Receita Federal.

Embora o governo federal negue a criação de qualquer imposto sobre o Pix, a intensificação da vigilância fiscal tem gerado apreensão, especialmente entre pequenos comerciantes, ambulantes, prestadores de serviços e microempreendedores. A principal preocupação é o risco de autuações, multas e eventuais cobranças futuras.
Segundo relatos do setor, a instabilidade nas regras e a percepção de maior controle estatal sobre movimentações financeiras têm provocado insegurança. Muitos afirmam que preferem receber em dinheiro para evitar interpretações equivocadas ou problemas com o Fisco.
A medida adotada por parte do comércio informal e de pequenos negócios reflete um ambiente de desconfiança em relação às políticas fiscais e à forma como são comunicadas. Para esses empreendedores, o temor não está apenas na taxação direta, mas no impacto do monitoramento constante sobre a atividade econômica cotidiana.










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