O que deveria ser apenas o anúncio de uma grande festa de Réveillon em Marabá transformou-se em um embate político de repercussão nacional. O prefeito Toni Cunha elevou o tom nas redes sociais após o Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo, cancelar o repasse de R$ 1 milhão para custear o show de Zezé Di Camargo, atração principal da virada na cidade.
O corte ocorreu dias depois de o cantor se envolver em uma polêmica pública com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a direção do SBT. Para o prefeito, a medida representa “perseguição política”.
“Zezé Di Camargo fica”: reação do prefeito:
Quando surgiram rumores sobre o possível cancelamento, Toni Cunha usou suas redes sociais para confirmar a manutenção do evento e defender a contratação do artista. Ele criticou opositores, afirmou que os recursos eram federais e destinados especificamente ao turismo e garantiu que não recuaria.
“É ridículo seres de outros estados e da capital criticando os shows da virada em Marabá. Não vou cancelar nada e não vou recusar os recursos, que eram do Ministério do Turismo e aprovados para este fim. Zezé Di Camargo fica! E, se fosse preciso, pagaríamos com recursos próprios”, afirmou.
Após a confirmação do cancelamento pelo ministério, o prefeito voltou a se posicionar de forma contundente. Ele acusou o governo federal de prejudicar a cidade e prometeu resposta judicial e política.
“O Governo Lula, em um ato de perseguição a Zezé Di Camargo e ao povo de Marabá, cancelou o custeio prometido. Marabá vai pagar e o show está mantido! Determinei que a procuradoria entre na Justiça contra o governo federal!”, declarou.
Origens do conflito: Zezé x Lula e SBT:
O impasse tem origem em Brasília e nos bastidores da televisão. Zezé Di Camargo passou a criticar duramente o SBT e as herdeiras de Silvio Santos após autoridades de esquerda, incluindo Lula e o ministro Alexandre de Moraes, participarem do lançamento do SBT News.
Nos vídeos publicados, o artista acusou Patrícia e Daniela Abravanel de não honrarem o legado do pai e chegou a pedir que o especial de Natal que gravou para a emissora não fosse exibido.
Uma frase dita pelo cantor repercutiu profundamente:
“Filho que não honra pai e mãe, para mim não existe.”
Prefeitura arcando com os custos:
Com o cancelamento do recurso federal — que já estava empenhado —, a Prefeitura de Marabá deve assumir o pagamento do cachê milionário para manter a festa anunciada como “a maior virada da história” da cidade.
O caso agora vai para a Justiça: Toni Cunha pretende acionar a União para tentar restabelecer o repasse.








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