O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (26) que o Brasil teria dado uma lição de democracia ao mundo após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrida na tarde de terça-feira. A declaração, feita durante cerimônia no Palácio do Planalto, foi vista por aliados do governo como uma exaltação ao trabalho do STF, mas gerou forte reação entre parlamentares de direita, que acusaram o petista de usar o episódio para reforçar disputas políticas.
Lula declarou que a Justiça brasileira mostrou força e não se deixou intimidar por ameaças externas. Embora não tenha citado Bolsonaro nominalmente, a referência foi direta ao julgamento que resultou na prisão do ex-presidente por suposta tentativa de golpe de Estado. Para a oposição, o discurso reforça a narrativa de perseguição e ignora irregularidades apontadas por juristas sobre o processo.
O presidente também mencionou punições impostas pelo governo dos Estados Unidos contra ministros do STF, criticando tentativas de interferência internacional. O comentário foi interpretado como uma resposta ao deputado Eduardo Bolsonaro, acusado pelo governo de buscar apoio norte-americano para questionar o julgamento.
Lula ainda celebrou o fato de generais e um ex-presidente estarem presos, afirmando que o Brasil demonstrou maturidade democrática. Para opositores, a fala revela tom de comemoração que não condiz com o papel institucional da Presidência e ignora o impacto político e social do episódio.
Esta é a primeira vez que um ex-presidente brasileiro e oficiais de alta patente são condenados por golpe de Estado. Parlamentares conservadores afirmam que o caso abre precedente perigoso e reforça o que chamam de ativismo judicial do STF.








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