Durante a manhã desta quarta-feira (29), familiares dos mortos na megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, estiveram no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IML), no Centro da cidade, para resolver a documentação e reconhecer os corpos.
Foram ao menos 119 mortos, sendo 115 suspeitos de serem traficantes e quatro policiais militares e civis. A ação teve um planejamento de 60 dias e contou com um “muro” feito pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) na área de mata das favelas, que era usada com rota de fuga dos criminosos. Com 113 presos e 118 armas apreendidas, a operação é considerada o maior baque na história do Comando Vermelho.
A manicure Beatriz Nolasco, que esteve no IML na manhã desta quarta-feira (29), afirmou que identificou o corpo de seu sobrinho Yago Ravel Rodrigues, de 19 anos, em um vídeo nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver o corpo de um jovem decapitado, e sua cabeça sobre uma árvore. Ele usava roupas camufladas e tinha os cabelos pintados de vermelho. Beatriz diz que Yago não tinha outros ferimentos no corpo.
— Meu sobrinho não tinha um tiro no corpo. Arrancaram a cabeça dele e deixaram na mata — disse ela.
Ainda segundo Beatriz, o rapaz foi encontrado na ‘mata’ (local por onde os traficantes tentaram fugir), mas não tinha antecedentes criminais.








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