O secretário do Departamento de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, determinou o envio de um grupo de ataque, incluindo o maior porta-aviões nuclear do mundo, navios de guerra e aeronaves, para a região do Caribe. A medida aumenta a presença militar americana na América Latina e intensifica a tensão com Venezuela e Colômbia.
De acordo com informações do Pentágono, o grupo de ataque é liderado pelo USS Gerald Ford e inclui três destróieres — USS Mahan, USS Bainbridge e USS Winston Churchill —, três esquadrões de caças F-18 e dois esquadrões de helicópteros de ataque MH-60. Segundo o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, a ação reforça a capacidade das forças americanas de monitorar e interromper atividades ilícitas que ameacem a segurança no Hemisfério Ocidental.
O deslocamento ocorre após o presidente Donald Trump afirmar que planeja, “em breve”, operações terrestres para bloquear o fluxo de drogas da América Latina para os EUA. Embora não haja uma data oficial para a chegada do porta-aviões ao Caribe, oficiais ouvidos pelo New York Times afirmam que, partindo da costa da Croácia, a frota levará de sete a dez dias, dependendo do clima e velocidade.
Especialistas militares, como o almirante aposentado James Stavridis, ex-comandante do Comando Sul, destacam que a inclusão do Gerald Ford transforma a operação em um grupo de combate naval excepcionalmente poderoso na região. A movimentação também vem após um ataque noturno autorizado por Trump contra uma embarcação no Caribe, controlada pelo grupo Tren de Aragua, resultando na morte de seis pessoas.
Além disso, o governo americano autorizou operações da CIA na Venezuela, permitindo ações letais e outras iniciativas no Caribe para pressionar o regime de Nicolás Maduro. Trump alega que a medida busca conter o tráfico de drogas e lidar com a entrada de prisioneiros vindos da Venezuela, enquanto Maduro condena o que chamou de “golpes de Estado orquestrados pela CIA” e rejeita qualquer escalada militar na região.
Atualmente, cerca de 10 mil soldados americanos estão posicionados no Caribe, com navios de guerra, submarinos e contingentes de fuzileiros navais, incluindo o porta-aviões George Washington, já destacados na área. Essa movimentação evidencia uma escalada significativa do aparato militar dos EUA próxima à Venezuela e à Colômbia.








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