Um decreto assinado em agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e esclarecido neste domingo pelo governo federal ampliou oficialmente a estrutura à disposição da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. A medida estabelece que o Gabinete Pessoal da Presidência da República também deve prestar apoio ao cônjuge do chefe do Executivo “no exercício das atividades de interesse público”.
O texto, publicado com as assinaturas de Lula, do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e da ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, altera uma norma de 2023 que tratava da composição e das funções do gabinete. A mudança formaliza o acesso da primeira-dama aos serviços do órgão responsável pela agenda, correspondências, cerimonial, acervo, preservação e manutenção das residências oficiais do presidente.
A estrutura é comandada pelo cientista político Marco Aurélio Santana Ribeiro, conhecido como Marcola, e conta com 189 cargos em comissão e funções de confiança, distribuídos entre unidades como ajudância de ordens, gabinete de agenda, cerimonial e diretoria de documentação histórica.
Janja já vinha defendendo publicamente a criação de um gabinete próprio desde 2023. Em entrevistas ao O Globo e à CNN Brasil, ela argumentou que primeiras-damas de outros países possuem estrutura semelhante e atribuiu a resistência à ideia a “misoginia e machismo”.
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