Um congressista norte-americano, integrante do subcomitê de Defesa, fez um alerta contundente sobre o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Segundo ele, o líder chavista pode ser alvo de uma operação militar semelhante à que matou o ex-general iraniano Qassem Soleimani, em 2020.
A declaração foi feita na terça-feira (8/10), durante uma entrevista do deputado Mario Diaz-Balart ao jornal Republica USA. O parlamentar afirmou que Maduro enfrenta três possíveis caminhos diante da crescente pressão dos Estados Unidos no Caribe, onde forças americanas intensificaram operações contra o narcotráfico, especialmente contra o cartel Los Soles, supostamente comandado pelo presidente venezuelano.
De acordo com Diaz-Balart, uma das opções seria Maduro deixar o país. Caso contrário, ele corre o risco de ser capturado — ou até mesmo morto — em uma ação semelhante à que eliminou o general iraniano Qassem Soleimani, então comandante da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC). O militar iraniano foi morto em janeiro de 2020, no Iraque, após o veículo em que estava ser atingido por mísseis lançados por um drone MQ-9 Reaper, sob ordens diretas do então presidente Donald Trump.
“A terceira alternativa [para Maduro] é a de Soleimani”, afirmou o congressista. “Soleimani era um membro do governo iraniano e também um terrorista, que se movia livremente pelo mundo. Até que o presidente Trump disse ‘basta’. E, no fim, tiveram de recolher Soleimani em pedaços”, completou.
O deputado também citou outro possível cenário: a prisão de Maduro por militares dos Estados Unidos, à semelhança do que ocorreu com o ex-líder do Panamá, Manuel Noriega, capturado em 1989 após a invasão americana ao país. Noriega foi extraditado para os EUA, onde cumpriu pena por tráfico de drogas e extorsão, permanecendo preso até sua morte, em 2017.
Pressão crescente sobre o regime chavista
Durante o governo Trump, Washington intensificou as sanções e operações contra o tráfico de drogas no Caribe, alegando ligações diretas de Maduro com o cartel Los Soles. A nova política classificou grupos narcotraficantes internacionais como organizações terroristas, o que permitiu aos EUA ampliar ações militares fora de seu território, sob o argumento da “guerra ao terror”.
Segundo o governo norte-americano, desde o início de setembro, ao menos quatro embarcações vindas da Venezuela foram interceptadas ou atacadas nas águas do Caribe por suspeita de transporte de drogas.
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