Ygor Freitas de Andrade, conhecido como Matuê, apontado como uma das lideranças do Comando Vermelho (CV) nas comunidades da Gardênia Azul e Cidade de Deus, foi morto durante uma operação da Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (9), em Campinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Outros dois criminosos, que atuavam como seus seguranças, também foram mortos no confronto.
De acordo com a corporação, Matuê e seus comparsas atacaram os agentes a tiros, o que desencadeou uma intensa troca de disparos. Com o grupo, os policiais apreenderam dois fuzis e uma pistola. Segundo as investigações, o traficante tinha 11 anotações criminais e era responsável por disputas territoriais na região, além de ter envolvimento na morte do policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), José Antônio Lourenço Júnior.
O secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, afirmou que a corporação responderá com rigor a ataques contra policiais:
“Fica aqui o recado e o aviso: não ataquem a Polícia Civil e os nossos policiais. A resposta vem à altura. Não importa se vem no mesmo dia ou se leva alguns meses.”
O delegado Moysés Santana, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), informou que Matuê integrava a ‘Equipe Sombra’, grupo ligado ao CV e responsável por diversos homicídios no estado, incluindo a execução de três médicos na Barra da Tijuca, em outubro de 2023. O grupo é comandado por Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, conhecido como BMW.
“Essa equipe tem a missão de guerrear contra facções rivais e expandir territórios do Comando Vermelho. Daí a importância dessa operação. Matuê era integrante da equipe que vem praticando diversos homicídios no Estado do Rio”, explicou Santana.
A operação foi conduzida pela Core, em conjunto com a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e a DRE da Capital, dentro da Operação Contenção, que tem como objetivo frear o avanço territorial do Comando Vermelho na Zona Oeste do Rio.
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