O Tribunal do Júri do Distrito Federal e Territórios condenou Romário Gil de Sousa Nascimento, de 31 anos, membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), a 16 anos e 4 meses de prisão por corrupção. Ele já cumpria 94 anos por outros crimes, e agora sua pena total chega a 110 anos. Romário segue preso na Penitenciária Estadual de Formosa (GO).
A nova condenação está ligada a um esquema no qual o faccionado contou com a ajuda da advogada Carla Aparecida Rufino Freitas para subornar o servidor Rigel dos Santos Brito, do TJDFT. O técnico judiciário recebeu R$ 50 em troca de informações sobre possíveis mandados de prisão contra Romário, inclusive em caráter sigiloso.
A investigação começou após a prisão do criminoso em Goiás, quando a polícia analisou mensagens de celular que revelaram a articulação da advogada. Além de tentar pagar R$ 3 mil para que outra pessoa assumisse falsamente uma tentativa de homicídio cometida por Romário, ela também acionou o servidor para confirmar dados da Justiça.
Rigel virou réu por corrupção passiva, mas se defende dizendo que só acessou informações públicas e nega ter recebido pagamento pelo vazamento.
Paralelamente, Romário é apontado como mandante de diversos homicídios em Caldas Novas (GO), em meio à guerra do PCC contra o Comando Vermelho. Em mensagens apreendidas, chegou a tratar assassinatos como “placar” contra rivais.
A advogada e o servidor foram presos em 2024 na Operação Temis, mas atualmente respondem em liberdade.
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