O ministro Flávio Dino, 57 anos, foi eleito nesta terça-feira (23) para a presidência da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), substituindo Cristiano Zanin. A transição ocorre em meio a tensões internas na Corte, reações do Congresso a decisões do Judiciário e ao avanço das investigações sobre a suposta tentativa de golpe de 2022, que já resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus.
Dino assumirá a presidência do colegiado em 1º de outubro, cargo que amplia sua influência no Tribunal. Ele será responsável por conduzir os próximos julgamentos ligados à suposta tentativa de golpe, envolvendo diferentes núcleos da mobilização que culminou nos ataques de 8 de janeiro. A expectativa é que essas ações sejam concluídas até o fim do ano, evitando que avancem para 2026, ano eleitoral.
A eleição é simbólica. O rodízio de presidentes está previsto no Regimento Interno do STF. O artigo 4º determina que a Turma é presidida pelo ministro mais antigo entre seus integrantes por um período de um ano, sendo vedada a recondução até que todos os ministros tenham exercido a presidência, seguindo a ordem decrescente de antiguidade.
A 1ª Turma é composta pelos ministros: Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
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