O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (22) o cancelamento do visto de Cristina Yukiko Kusahara, chefe de gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida inclui a servidora na lista de sanções da Lei Global Magnitsky, instrumento legal usado por Washington contra indivíduos acusados de envolvimento em violações de direitos humanos e corrupção em diferentes países.
Segundo o Departamento de Estado, a inclusão de Kusahara decorre de sua participação em uma suposta rede de apoio a abusos atribuídos ao sistema judiciário brasileiro. As acusações envolvem práticas de censura e perseguição política contra opositores, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Com a decisão, Cristina passa a ter os bens bloqueados em território norte-americano e fica proibida de entrar nos Estados Unidos.
A decisão amplia o escopo das sanções anunciadas em julho contra o próprio ministro Alexandre de Moraes, sua esposa Viviane Barci de Moraes, além da holding Lex Institute, sete ministros do Superior Tribunal Eleitoral (STE) e o procurador-geral Paulo Gonet. Entre as restrições já aplicadas estão o congelamento de ativos em bancos norte-americanos e a proibição de viagens.
De acordo com autoridades norte-americanas, as sanções respondem diretamente a decisões judiciais tomadas no Brasil, como o bloqueio da plataforma X (antigo Twitter). Washington considera tais medidas uma violação da liberdade de expressão e uma forma de intimidação política. O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre o novo desdobramento da crise diplomática.
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