O Ministério Público Federal (MPF) apresentou, nesta segunda-feira (15), as alegações finais na ação civil pública movida contra a Jovem Pan em 2023. O órgão pediu à Justiça o cancelamento das três outorgas de rádio da emissora e reforçou a cobrança de indenização de R$ 13,4 milhões por danos morais coletivos.
Segundo o MPF, a Jovem Pan teria extrapolado os limites da atividade jornalística ao promover desinformação de forma sistemática durante o ano de 2022, colocando em risco a democracia e alimentando ataques às instituições brasileiras. A Procuradoria afirma que as provas reunidas no processo apontam que a emissora funcionou como um “amplificador” de discursos golpistas, conferindo-lhes aparência de legitimidade.
De acordo com o procurador regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, Yuri Corrêa da Luz, medidas duras contra a emissora são necessárias para impedir que casos semelhantes voltem a ocorrer. Ele defendeu que a comunicação pública não pode ser usada como instrumento para “aventuras antidemocráticas”.
O processo está em sua fase final antes do julgamento em primeira instância. Até o momento, a Jovem Pan não se manifestou sobre o caso.
Comentários