Um piscineiro salvou um cachorro cego que se afogava na piscina de uma casa em Goiânia. Vinicius Orlando, de 38 anos, contou que encontrou o cão já desacordado na água e conseguiu reanimá-lo com massagens.
Vinicius trabalha há 15 anos na limpeza de piscinas e, por coincidência, foi ao local porque o ajudante com quem divide a rota pediu para ele adiantar o serviço em outro cliente. Ele contou que entrou pelo portão com a chave que tinha acesso, já que trabalha para a família há anos. Naquele momento, não havia ninguém em casa.
Assim que entrou no quintal, estranhou não ver o cachorro, chamado Choquito, que sempre aparecia para recebê-lo. Ao ouvir um barulho e perceber a lona da piscina afundada, correu e mergulhou.
“Ele já estava no fundo, desacordado. Quando o tirei, não respirava mais. Comecei a massagear a barriguinha e, depois de uns dois minutos, ele tossiu e voltou a respirar. Se eu tivesse chegado 30 segundos mais tarde, não teria escapado”, contou.
Segundo o tutor do cachorro, Danilo Soares, o cãozinho havia passado muito tempo se debatendo. “O Choquito ficou cerca de 40 minutos dentro da piscina, nadando, até não aguentar mais. Quando o Vinicius chegou, já tinha um minuto que estava submerso. Nós pensávamos que ele tinha morrido”, disse.
Danilo disse que, quando recebeu a ligação do piscineiro, achou que o pior já tinha acontecido. “Na minha cabeça, nós íamos chegar em casa e o Choquito estaria morto. Até pedi para minha esposa não levar nossa filha, porque ela é muito apegada a ele. Mas quando cheguei, ele já estava consciente de novo. Foi um alívio muito grande, porque para nós ele é como um filho”, relatou.
Pouco tempo depois, a família buscou ajuda de um veterinário amigo. “Graças a Deus, ontem quando aconteceu isso eu já liguei para um amigo meu que é veterinário e ele correu lá em casa para ver se ele estava bem. Ele já fez exames de sangue, verificou se não tinha água no pulmão e está tudo bem. Meia hora depois, nem parecia que ele tinha passado por esse sufoco”, contou Danilo.
Choquito, que é idoso e perdeu a visão após complicações oftalmológicas, já voltou a brincar. Para a família, a ação do piscineiro foi decisiva.
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