O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quinta-feira (11) o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por crimes contra a democracia.
A pena supera a de Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella Nardoni, sentenciada em 2010 a 26 anos e 8 meses pelo homicídio qualificado da enteada. O crime, ocorrido em 2008, chocou o país quando a menina de 5 anos foi jogada da janela do sexto andar do edifício onde vivia em São Paulo.
A diferença de cerca de sete meses torna a punição de Bolsonaro ainda mais severa, evidenciando o peso dado pelo STF às ações contra o Estado Democrático de Direito.
Bolsonaro foi considerado pelo STF o líder do núcleo crucial da trama golpista, que envolveu ataques às instituições democráticas e tentativa de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o relator Alexandre de Moraes, o ex-presidente tinha ciência de todas as ações do grupo e contribuiu direta e indiretamente para os atos planejados, que incluíram convocação da população e tentativas de influenciar integrantes das Forças Armadas.
Condenado pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio, a pena do ex-presidente foi dividida entre cinco crimes:
Em comparação, Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina Isabella Nardoni, foi condenada a 26 anos e 8 meses de prisão pelo assassinato da criança, em 2008. Ela cumpriu 15 anos da pena em regime fechado na Penitenciária Feminina I Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé (SP), e em 2023 progrediu para o regime aberto, vivendo atualmente em liberdade, mas ainda sob condições legais como toque de recolher e comunicação de endereço à Justiça
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