A Rússia anunciou que desenvolveu uma vacina contra o câncer colorretal e declarou que ela estaria “pronta para uso” após resultados positivos em testes pré-clínicos. Segundo Veronika Skvortsova, chefe da Agência Federal de Medicina e Biologia, a pesquisa durou vários anos e agora aguarda aprovação oficial.
O anúncio, no entanto, despertou ceticismo internacional, já que os dados ainda não foram publicados em revistas científicas, apenas divulgados em comunicados oficiais. Especialistas ressaltam que a vacina não passou pelas fases de testes clínicos em humanos, etapas consideradas essenciais para comprovar sua segurança e eficácia. Skvortsova também não detalhou se a autorização solicitada é para o início desses testes ou para aplicação direta em pacientes.
A dose foi desenvolvida em parceria entre instituições russas e utiliza tecnologia de RNA mensageiro, semelhante à das vacinas contra a Covid-19, mas com finalidade terapêutica. O objetivo é estimular o sistema imunológico a identificar proteínas associadas ao tumor e combatê-las, em vez de prevenir o surgimento da doença.
Apesar do anúncio, especialistas lembram que outros laboratórios já têm pesquisas mais avançadas e publicadas sobre vacinas semelhantes. Isso reforça as dúvidas em torno da eficácia do projeto russo e da real possibilidade de aplicação em pacientes a curto prazo.
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