O voo que transportava a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, viveu momentos de tensão no último domingo (31) quando o sistema de GPS da aeronave foi completamente desativado ao se aproximar de Plovdiv, na Bulgária. O incidente, atribuído a uma suposta interferência eletrônica russa, obrigou os pilotos a adotar métodos manuais de navegação para garantir um pouso seguro.
Segundo autoridades búlgaras, o bloqueio de sinal ocorreu durante a fase crítica de aproximação para o aeroporto. Com a falha, a tripulação precisou sobrevoar a região por cerca de uma hora, utilizando mapas de papel e referências terrestres até conseguir aterrissar sem incidentes.
A Comissão Europeia e fontes de segurança locais consideram o episódio um ato deliberado de “jamming” — técnica que neutraliza sinais de navegação por satélite. A suspeita principal recai sobre a Rússia, que já foi acusada de realizar operações semelhantes contra aeronaves civis e militares no leste europeu nos últimos anos.
O Kremlin, por sua vez, negou qualquer envolvimento, classificando as acusações como “infundadas”.
Escalada de tensões
O caso reacende o alerta sobre a vulnerabilidade das rotas aéreas europeias em regiões próximas ao raio de ação russo. Desde 2022, já foram documentados dezenas de episódios de interferência em sistemas de navegação, afetando voos comerciais e militares.
“Trata-se de uma ameaça não apenas à segurança de líderes políticos, mas também à aviação civil como um todo”, declarou um porta-voz do governo búlgaro.
Resposta da União Europeia
Em reação, o bloco europeu anunciou que irá reforçar suas defesas espaciais com o lançamento de novos satélites de baixa órbita para identificar e mitigar tentativas de bloqueio. A medida faz parte de um plano estratégico mais amplo de segurança diante do aumento das hostilidades no ciberespaço e na guerra eletrônica.
Apesar da gravidade do ocorrido, Von der Leyen manteve sua agenda em Plovdiv, reforçando a mensagem de que “a Europa não pode se deixar intimidar por ataques híbridos e tentativas de desestabilização”.
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