O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou, nesta quarta-feira, 13, que o governo norte-americano estuda ampliar as sanções contra integrantes do governo brasileiro. Dessa vez, as punições vão alcançar autoridades ligadas ao Programa Mais Médicos.
Em postagem no X, Rubio afirmou que a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, está tomando medidas para revogar vistos de brasileiros e de ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O órgão foi o responsável por articular o projeto no Brasil – e que envolvia a ditadura comunista de Cuba.
De acordo com o site Metrópoles, o governo dos EUA sancionou Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman. Os dois integravam o Ministério da Saúde quando o programa foi implantado.
O governo petista, por meio da ex-presidente Dilma Rousseff, implantou o Programa Mais Médicos no Brasil em junho de 2013. O projeto foi proposto em parceria com a ditadura de Cuba. O objetivo da iniciativa, segundo alegavam os políticos do PT, era “expandir a atenção médica no pais” ao trazer profissionais cubanos.
Para o governo norte-americano, contudo, o Programa Mais Médicos foi um
“golpe diplomático inconcebível de ‘missões médicas’ estrangeiras”. Rubio já havia avisado que a administração Trump expandiria a política de restrição de vistos relacionada ao regime cubano.
Governo dos EUA já havia anunciado as sanções
Em fevereiro, o secretário de Estado norte-americano avisou que aplicaria sanções aos responsáveis pelo “programa exploratório de mão de obra cubana”. “Promoveremos a responsabilização do regime cubano pela opressão de seu povo e daqueles que lucram com o trabalho forçado.”
Centenas de profissionais de saúde cubanos descreveram o Programa Mais Médicos como “escravidão”.
Para ter uma ideia, a ditadura cubana embolsava 70% do salário dos profissionais, estimado em R$ 12 mil. Outros 25% ficavam com os que trabalhavam de fato, enquanto 5% eram direcionados à Opas.
Para piorar a situação, muitos dos médicos não sabiam dos termos estabelecidos no contrato assinado entre Dilma e o então ditador cubano, Raúl Castro. “Não sabíamos quanto seria nosso salário”, disse a profissional cubana Maireilys Álvarez. “Descobrimos quando já estávamos em território brasileiro, por meio do noticiário.”
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